Premio Nobel

Em tempos de divulgação de ganhadores dos Prêmios Nobel, surgem novamente os comentários, e questionamentos, comuns em referência ao tema.

Mais uma vez, apesar do incontável número de mentes brilhantes que compõem nosso plantel em várias áreas do conhecimento, permanecemos distantes deste universo.

Desconsideremos os Países com vasta  tradição em pesquisas e descobertas, invenções e evoluções, nos mais diversos campos da ciência como EUA, Inglaterra, Alemanha, França, Países Nórdicos etc, nos questionamos por exemplo, por que um País como Barbados, ex colônia Britânica, com 46 mil habitantes, tem um Premio Nobel, (William Arthur Lewis, Economia 1979) e nós, nenhum.

Países como Bangladesh, Chipre, Costa Rica, Gana, Lituânia... e para meu espanto, Iêmen, um país há 20 anos em guerra civil, completamente destruído, uma nação e sua sociedade em ruínas e na mais completa miséria econômica e humana, possui um laureado (Tawakel Karman, Paz/2011), e agora Ethiopia (Abiy Ahmed Ali, Paz/2019).

Justiça seja feita, tivemos na história um único indicado, com merecimento, no entanto não foi agraciado.
Trata-se do “Grande” Carlos Chagas, indicado ao Nobel de medicina em 1921.

Por dever de oficio, preciso citar que o ex presidente Luiz Inácio da Silva, o Lula, foi indicado, sem merecimento algum, o que coloca em xeque a seriedade de quem indica, mas vamos em frente...

Este preâmbulo serve apenas como veículo para introdução do que de fato nos aflige, incomoda e preocupa.

Não existem grandes sociedades que tenham se desenvolvido e atingido elevados níveis de igualdade, sem a estrutura do conhecimento, assim como, não existem grandes países, grandes economias nem grandes estados sem investimento em ciência.

O desenvolvimento de muitas áreas de importância na vida das pessoas, passam pelo investimento em conhecimento, pois que, a produção de soluções para estes problemas requer inteligência e visão.

Desde estratégias aplicáveis à transporte e deslocamento, energia, acessibilidade, empregabilidade, moradia, primários e fundamentais para qualquer sociedade, bem como os grandes dramas da saúde, tratamentos, vacinação, controle de endemias e epidemias, doenças crônicas, especificidades como puericultura e geriatria, além de todos os avanços possíveis em campos de alta sensibilidade social, dependem de investimento em profissionais altamente dedicados e inteligências formadas na base das instituições de ensino e pesquisa do País.

Profissionais muitas vezes mal remunerados, vivendo as incertezas da escassez e desigualdade na distribuição de recursos à partir das entidades federativas, cortes de verbas inclusive remuneratórias como bolsas e ajudas de custo, causam grande desgaste e concorrem para o desmantelamento dos grupos e redes de pesquisa. 

Situações que causam prejuízos individuais, levando ao desanimo e desalento, minando as competências e capacidades, desacreditando... desiludindo...

As “zebras gordas”, citadas pelo Exmo Sr. Ministro da Educação Abraham Weintraub, bem como outras distorções produzidas pelas mazelas criadas no serviço publico federal existem, mas precisam ser identificadas com precisão para que evitemos as rotulações, as generalizações e possíveis injustiças advindas destes pré-julgamentos.

Já passamos da hora dos poderes constituídos, em suas diversas esferas, olharem com atenção e respeito aos profissionais, mas acima de tudo, seres humanos responsáveis pelo desenvolvimento da ciência e do conhecimento em nosso país tão carente de soluções.

O Premio Nobel?
Podemos esperar... Um dia talvez...

Comentários

  1. Muito bom Comandante, eu também acredito que a solução para praticamente todos os problemas do país, está na educação.

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