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Mostrando postagens de 2012

O Advogado do Bom Senso

Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu; Içá, Japurá, Negro, Trombetas, Paru e Jari. Decorei isso na escola quando criança. Naquele tempo achei uma chatice, e acho que você também. Aprendi isso anos mais tarde, exercendo minha profissão. Enquanto esperava o tempo passar e a aeronave percorrer o interminável espaço aéreo do nosso País, passei a observar a verdadeira dimensão continental, cantada em prosa e verso nos hinos e poemas da nossa terra. A extensão, o volume d'água, os meandros, a navegabilidade, os regimes de cheia e seca, e a quantidade de afluentes  e tributários, são uma característica similar e constante em todos os rios da Amazônia Brasileira. O potencial hidráulico/energético de nossa região norte, é tão imenso, fantástico e absurdo, que me causa uma certa  apreensão pela segurança interna deste complexo. Isto é matéria para um livro, não vou entrar nesta seara intrincada e perigosa. O que de fato devemos questionar é: Será que os impactos c

Entre a Cruz e a Espada.

Ha muito tempo, ouvimos discussões acaloradas sobre a pertinência ou não de decisões de governo no âmbito estratégico do longo prazo que remonta ao velho jargão do desenvolvimento. Uma destas discussões, se refere à questão da geração e distribuição de energia, e os processos, muitas vezes nada sustentáveis que permeiam o setor. Existe um limiar tênue entre as necessidades energéticas do País, da ordem de 6.000 MW de crescimento ao ano,  e o não menos importante desejo da sociedade de ver atendidas as demandas daqueles que, via de regra,  são afetados pelas mudanças produzidas e carreadas por estes processos. Em conversa recente com um amigo, voltamos à questão Belo Monte. O Belo Monte de desmandos gerados nos órgãos da mais alta administração e nas esferas de poder, acaba  gerando um Belo Monte de insatisfações, oriundas do Belo Monte de dúvidas que o processo encerra, motivado  pelo Belo Monte de confusões criadas à luz (ou falta de) do Belo Monte de procedimentos

O Meu, O Teu o Nosso País!

Não costumo publicar aqui, opiniões, expressões ou artigos que não sejam meus, mas me deparei com este texto que não é novo, no entanto representa, apesar do passar dos anos, tudo o que sempre pensei, penso, mas o que me parece pior, tudo o que continua valendo como realidade de vida e dos dias do "Meu País". Um país que crianças elimina;
 E não ouve o clamor dos esquecidos; 
Onde nunca os humildes são ouvidos; 
E uma elite sem Deus é que domina;
 Que permite um estupro em cada esquina;
 E a certeza da dúvida infeliz;
 Onde quem tem razão passa a servis; 
E maltratam o negro e a mulher;
 Pode ser o país de quem quiser; 
Mas não é, com certeza, o meu país. Um país onde as leis são descartáveis; 
Por ausência de códigos corretos; 
Com noventa milhões de analfabetos;
 E multidão maior de miseráveis;
 Um país onde os homens confiáveis não têm voz,
Não têm vez, Nem diretriz;
 Mas corruptos têm voz,
Têm vez,Têm bis,
 E o respaldo de um estímulo incomum;
 Pod

Manifesto!

Ao longo dos últimos dias, temos visto, movimentos de insatisfação e até mesmo revolta em diversas categorias profissionais. Começou pelos caminhoneiros, repletos de ponderações e insatisfações com a entrada em vigor da portaria do limite de jornada, e das modificações da carta frete. Depois tivemos uma paralisação com ares de anos oitenta, na linha de montagem de veículos leves da GM em São José dos Campos, por conta da possível desativação do parque de montagem e sua também possível transferência para outro país do Mercosul. Os  "hermanos" ficariam radiantes... Agora, temos uma manifestação com cara de guerra, produzida pelos "motoboys" por conta de sua não aceitação das novas regras e regulamentos para o exercício da profissão. Me chamou a atenção nestes eventos, o fato de que, de maneira sempre muito clara, objetiva, as vezes até por caminhos questionáveis, as categorias profissionais no Brasil se posicionam contra quaisquer mudanças ou alterações que suas prá

História Triste!

No inicio da década de 70, mais precisamente em 1973, o mundo se deparou com uma nova realidade, um assombro. A primeira crise do petróleo, trouxe um novo panorama socio-politico-economico ao planeta. Os mercados sofreram com a instabilidade dos grandes produtores, os conflitos internos nos paises arabes, grandes fornecedores, interminaveis rodadas de negociacoes na OPEP, OPAEP, e Países do Oriente Médio. Neste cenário, surge por iniciativa do Brasil, um novo rumo na história das tecnologias de combustíveis e, até então não se considerava as chamadas energias renováveis. O PROALCOOL - Programa Nacional do Álcool. Sim, é bom que se diga, que neste momento histórico, o ambiente nada influía, ou influiu, em decisões de governo, somente o receio de ter sua frota paralisada e os insumos de transporte prejudicados por uma crise que até então, atingia nosso país de maneira direta. É interessante lembrar que, na década de 70, o Brasil estava longe da atual relativa autonomia na produção pet

Novos Rumos?

Esperei o final da RIO + 20 para publicar este artigo. E o motivo é muito simples. Estava descrente das propostas e dos resultados do evento, e de fato, a descrença se confirmou. Nada de novo no universo da Gestão Ambiental ou No Painel de Mudanças Climáticas, IPCC. No entanto percebi, como todo mundo, que eles haviam mudado a abordagem. O problema agora não é mais o aquecimento global, mas sim, a chamada governança global, em outras palavras, a redistribuição e realinhamento dos poderes de veto e decisão sobre o que os países emergentes e em desenvolvimento podem ou não fazer sob a ótica de quem pode autorizar ou não, em tese, o desenvolvimento. Todo desenvolvimento sustentável paga um preço, começando pelo próprio termo que continua me soando uma incoerência, pois entendo a prática do desenvolvimento por si, incompatível com o conceito de sustentabilidade. Gostaria que alguém me explicasse desenvolvimento sustentável a partir das leis da termodinâmica, mas isso é conversa para outro

CARTA ABERTA À ANAC 01

Certificação RVSM: Quando uma aeronave é adquirida, espera-se que ela esteja em acordo com a legislação e que cumpra seu papel. Quando uma aeronave sofre um processo de VTI (Vistoria Técnica Inicial), todos esperam que ela receba suas certificações e que passe então à estar disponível para vôos, cumprindo com sua função e correspondendo ao investimento de alguns milhares de dólares empregados em sua aquisição. Mas, por conta de regulamentos e ações equivocadas e inexatas, do nosso órgão regulador, nem sempre ocorre desta forma. Uma aeronave foi adquirida por um empresário, e passou por dois processos distintos. O primeiro foi de Vistoria Inicial para concessão de Certificado de Matrícula e Aeronavegabilidade (Registration & Airworthiness) realizado pela autoridade aeronáutica de aviação civil dos Estados Unidos da América, mais conhecido como FAA. Este processo, inclui a certificação de todas as capacidades que a aeronave se propõe a ter a todas as evoluções de espaço aéreo as qua

Sobra o Inglês...

Estes dias estive lendo alguns artigos publicados no blog de um amigo muito próximo, e encontrei um escrito, sobre o código de defesa do consumidor e suas exigências, uma especificamente. O código de defesa do consumidor, é claro no que tange a obrigatoriedade de qualquer fabricante, de qualquer produto industrializado, cuja finalidade seja atender a demanda comercial de produtos do mercado Brasileiro, em publicar instruções de uso e manuais na língua portuguesa. De forma ainda não entendida, e pior, não explicada, uma empresa que pertence aos Brasileiros, foi constituída e patrocinada pelo governo brasileiro, não importando se hoje, a maior parte do seu capital é privado, recebeu investimentos elevados de capital brasileiro, capital de origem pública que remete a sua origem arrecadatoria nos impostos, logo, dinheiro do povo brasileiro, hoje um dos nossos maiores orgulhos, a EMBRAER, uma empresa nacional, que fabrica produtos de excelência, reconhecidamente a quinta maior indústria a

Falta o Inglês...

Ao longo da sua existência, o ser humano é normalmente alvo da mais ampla e diferenciada gama de testes e avaliações. Um dia, chegamos as portas da Universidade ou do Curso de Formação, não importa. O que de fato importa é que passamos então a ser avaliados continuamente. O ingresso na vida profissional, é uma guerra, onde precisamos matar um leão por dia para provar que somos bons sim e merecedores de uma oportunidade.Quando este ritual termina, finalmente somos aceitos e a partir de então, somos guindados a uma posição que irá nos caracterizar pelo resto de nossas vidas, pois passamos mais tempo exercendo nossas funções profissionais do que em qualquer outra atividade. Mas, para o aviador, é diferente, completamente diferente... Passamos pelos mesmos processos de todos os outros profissionais, com uma diferença, na verdade, "A" diferença. O Aviador, não 'É'. Ele 'ESTÁ' Aviador! Ao longo de um ano de exercício profissional passamos por no mínimo, 3

Vamos correr a sacolinha!!!

Olá amigos e colegas, gostaria de chamá-los a uma reflexão sobre a retirada das famosas sacolinhas plásticas do rito de compras nos supermercados. Li recentemente uma reportagem sobre o assunto onde São Paulo deu a largada no intuito de abolir sua utilização, o que vem provocando as primeiras reações na industria do plástico com demissões de funcionários nos fabricantes de sacolas utilizadas com este fim. Não nos cabe discutir políticas de governo, pois todos sabemos que por trás de decisões desta monta, existe um enorme aparato de defesa de interesses e situações que muitas vezes não atendem ao melhor para a população muito menos, com vistas à defesa do ambiente. Antes que pensem erradamente, não sou representante de qualquer segmento favorável ou contra o que quer que seja, mas conheço o assunto de forma bastante abrangente. Será realmente correta a idéia de que, abolindo as sacolas plásticas estaremos contribuindo de alguma forma para a melhoria ou solução de algum problema amb