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Mostrando postagens de março, 2019

Lembranças do passado.

Quando a revolução militar de 1964 foi deflagrada, eu não havia nascido… ainda! Nasci logo depois, e cresci durante o período denominado “Anos de Chumbo”, em alusão óbvia, à presença militar no topo da cadeia de poder do País. Hoje, passados 55 anos, creio ser possível uma revisão histórica dos acontecimentos, envolvendo esta data criadora de clamores tão intensos em diversos segmentos da sociedade Brasileira, sem paixões e sem revanchismo, até por que, a revanche já aconteceu… Em que pese o termo “golpe militar”, a história demonstra que, a deposição do Presidente João Goulart, foi comandada por diversas lideranças da sociedade civil organizada à época, como os governadores Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Ademar de Barros, e Roberto Marinho que dispensa apresentações, todos civis e com alto grau de penetração em diversas esferas sociais. Os acontecimentos após posse do Presidente Paschoal Ranieri Mazzilli, levaram nosso País à um período de repressão de liberdades civis e d

Das Fogueiras e das Vaidades

Novos tempos, novas iniciativas, novo governo. Exceção feita às crianças e adolescentes, nenhum de nós imaginou ou acreditou em mudanças extremas, em curto espaço de tempo. Mas a chamada “velha politica”, permanece nova em folha, e seus resultados, os mesmos: A fogueira das vaidades. Na contenda Sergio Moro x Rodrigo Maia, temos um que acredita que o outro é “empregado do Presidente”, e ao mesmo tempo acredita ser Patrão de alguém, pois fala em nome de si mesmo e representando seus próprios interesses, “exigindo” do Presidente da República, que “se alinhe”, faltou dizer à que referência. Na contenda Senadores x Presidente do Senado, os Senadores querem uma investigação que o Presidente do Senado não autoriza por que entende que seria uma contenda desnecessária, ou seja, para não brigar na rua, ele briga em casa. Na contenda Marielle, Viúva, Família e Freixo, todos querem o direito à herança política da falecida, mas ninguém vai ao cemitério... Após um ano, fica a pergun

Machistas!

Eu sou machista!  Depois de 53 anos acreditando que não, descobri a verdade. Nasci na década de 60, filho de familia standard, pai, mãe, irmãos. Meu pai era um Militar machista, meus avós, todos eles, incluindo as avós, eram machistas, meus tios, militares, professores, mecânicos, engenheiros, advogados, todos machistas, pessoas de um tempo em que o feminismo simplesmente não existia. Conclusão: Eu só posso ser machista! A sociedade atual condena com veemência o machismo e suas mais diversas formas de manifestação, no entanto, somos resultado da criação que recebemos e dos complexos sociais  aos quais pertencemos. No entanto, precisamos contextualizar os momentos e circunstâncias que definem nossas posturas de forma pragmática e objetiva.  Cresci, assistindo meu pai abrir portas e ceder lugares à minha mãe, me formei assistindo meu pai e tios oferecendo presentes, tratando suas mulheres com respeito e consideração, assisti meus contemporâneos pedirem as mãos d