Um Novo e Longo Caminho...

Prezados amigos, sejam bem vindos.

Estamos vivendo o limiar de um novo tempo.
As pessoas mudaram, a sociedade mudou, nossas escolhas para o presente, e quem sabe, para o futuro, estão mudando. À se confirmarem as expectativas relacionadas às próximas eleições, e neste caso, precisaremos confirmar mais que os candidatos e intenções, mas também as realizações, estamos prestes à viver novos tempos.
Tempos de esperança, tempos de mudanças de rumo, novas escolhas, novos caminhos...
E como devemos nos comportar, diante deste turbilhão de emoções e expectativas que toma conta de nossos dias e nosso futuro? Com cautela!
Este é de fato, o inicio de uma caminhada, nada acontecerá no dia 2 de janeiro próximo, os quase 15 anos de vida pregressa, sem julgamento de valores, ainda estará por muito tempo, entranhado em nossos dias e nas situações e circunstancias que permeiam nossa caminhada.
Falo a respeito de todos os segmentos, mas particularizo em relação ao nosso meio de atuação.
Recebi de um amigo ontem, uma informação sobre uma intervenção da ANAC no aeroporto de Salvador, contra uma atividade ilegal, ilícita, e no mais das vezes insegura.
O flagrante de Táxi Aéreo Clandestino, no nosso universo, o "TACLA", tem sido ao longo dos últimos meses, objetivo da ANAC em diversos aeroportos e em diversas áreas.
Longe de tentar defender a atividade ou justificar o inexplicável, inclusive do ponto de vista de quem utiliza os serviços, que neste caso, foi a famosa Claudia Leitte, o TACLA durante os últimos 40 anos tem sido uma atividade frequente na Aviação Civil Brasileira.
Como um piloto que faz um free-lancer pra ajudar o patrão, ou à si mesmo, seja porque a empresa não quer contratar uma tripulação, ou por que já está empregado mas quer ganhar um extra,  ou para que a empresa não tenha que investir na formação em simulador, o "piloto amigo" "ajuda" o "pobre" proprietário de outro avião, o TACLA muitas vezes, é resultado de um contexto maior, onde a diferença pode até residir no fato de se manter um emprego ou não.
Muito embora o assunto seja controverso, encerra em si, um conjunto enorme de fatores e variáveis, presentes na estrutura da Aviação Brasileira à anos, e não devemos nos iludir com soluções estanques, imediatas e milagrosas. 

Esta realidade precisa mudar, no entanto, precisamos encontrar meios estruturais para "mudar isso daí", de forma que a autoridade competente tenha uma visão macro e sistêmica dos eventos e ocorrências.
Os verdadeiros responsáveis por este cenário, além é claro, dos já conhecidos e sabidos, são um País de economia instável, baixo índice de oportunidades reais de emprego e carreira, um mercado cheio de regras que ninguém cumpre na totalidade, um universo de burlas mal intencionadas mas legais, autoridades anti aéreas, cujo único interesse é o toma lá da cá, dos meios comerciais que movimentam grandes e vultuosas quantias, e não trabalham para atender um objetivo geral, onde cenários complexos de desemprego e sub emprego prevalecem à anos.
A Aviação Civil Brasileira, carece de uma reestruturação, começando pela confecção e aplicação de normas, à partir de pessoas que realmente conheçam seus meandros e saibam como e onde agir, promover modificações, inclusive de legislação, para que em algum momento possamos trazer a realidade, para um contexto mais próximo da necessidade do mercado e dos nossos profissionais não 121 nos dias atuais.
Um longo caminho...

Comentários

  1. Excesso de regras, burocracia e tributos em excesso, incentivam a clandestinidade pois o risco compensa. É possível sim, afrouxar a corda e muito, sem atingir a segurança da operações, o que de fato importa.
    Abraços.

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