Escolhas...
Ao longo destes três meses de crise sanitária, temos ouvido muitas histórias de casos relacionados à pessoas atendidas e os profissionais envolvidos.
Reportagens dão conta de que os profissionais da saúde, estão sobrecarregados, atendendo aos pacientes em hospitais mal aparelhados, reclamam das más condições de trabalho, excesso de horas e redução nas folgas.
Depoimentos destes profissionais, reclamando das condições e com alto nível de auto-piedade e uma retórica de heroismo e martirização, alguns declarando receio de contaminação e medo de se tornarem pacientes da COVID-19.
Não gostaria de parecer grosseiro, tão pouco desvalorizar a atuação dos mesmos, mas em minha modesta opinião, não são heróis muito menos mártires. Escolheram sua profissão, ninguém os obrigou ou mesmo pediu que à escolhessem.
Estão onde devem estar por que escolheram estar.
Ninguém pergunta ao Aviador se a turbulência está desconfortável, ou se as panes estão atrapalhando o vôo.
Ninguém pergunta ao gari se o saco de lixo está pesado, ou se o cheiro do caminhão está atrapalhando a coleta.
Ninguém considera heróis, garçons, motoristas, porteiros de inferninho, vendedores ambulantes, e todo o pessoal que trabalha na madrugada.
Ninguém pergunta aos policiais, investigadores, delegados, carcereiros, e demais elementos da segurança pública, se seu trabalho é perigoso e se as condições de trabalho são satisfatórias.
Os profissionais citados acima também estão expostos à contagio e doenças e ninguém os acha heróis ou prejudicados por isso.
Entendo, que estão no caminho que escolheram e que não fazem mais que sua obrigação em estar à frente do combate ao evento sanitário hoje em tela e em todos os outros aos quais seu ofício virem à submete-los.
Precisamos de mais pragmatismo e serenidade nas análises destas questões que tem se tornado muito comuns em nossa sociedade, para que justamente deixemos de idolatrar o big nada!
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