A Verdadeira Crise.

      Nestes tempos de Coronavírus, tempos difíceis de fato, tem sobrado tempo para nos aprofundar-mos em nossas análises pessoais.
      Em casa e sem ter o que fazer, partimos para análises de tudo, do todo, vida, trabalho, carreira, família, filhos, perspectivas, balanço geral do que fizemos e do que pretendemos fazer, de onde viemos? para onde vamos? existe vida fora da terra? existe vida depois da morte, seja ela por SARS CoV2 ou não? Pausa para reflexão:
      As informações disponíveis, oriundas das mais diversas fontes, confiáveis ou não, dão conta de uma realidade ampla e controversa. Não temos absoluta certeza de nada, e nestes dias, não temos certeza sequer de que existam certezas.
      Muito embora, relatos, reportagens, postagens, vídeos, depoimentos, entrevistas, recebam da mídia latu senso, grande amplitude e divulgação, gerando todo tipo de reação, memes, piadas, discursos inflamados, torna-se cada vez mais evidente e óbvio, o fato de que existem setores da sociedade que estão em completo desacordo com as necessidades do País e das pessoas.
      Em tempos de crise, identificamos diversos comportamentos errôneos e erráticos de todos os segmentos, desde autoridades e pessoas públicas à nossos amigos mais chegados, passando por grupos econômicos e detentores de concessões públicas.
      Os interesses mais diversos se manifestam com suas retóricas mais profundas, na tentativa de formar opiniões favoráveis aos elementos que defendem, sem se dar conta ou se importar com o único fator que de fato importa.
      A Verdade!
      Como indivíduos pensantes, inteligentes, estruturados, parte intensa e vibrante de uma sociedade que já passou por diversos momentos e situações, em muitos casos, difíceis e complexas como esta, cabe à nós, individualmente, não embarcar em discursos planejados para trazer apoio à determinado setor ou idéia em detrimento do real.
      Para o bem de nossas famílias, de nossas comunidades, de nossa sociedade, de nossas estruturas organizacionais e de nosso País, devemos deixar de lado as polarizações, os discursos políticos e de impacto, as opiniões dos especialistas, as críticas contundentes dos entendidos em quase tudo, e procurar ouvir a voz de nossas experiencias pregressas, de nossos entendimentos como seres humanos, e evitar os arroubos de senhores da verdade e da razão.
      Devemos na verdade, estar atentos à informações confiáveis, pesquisar de forma séria, entender os objetivos de cada palavra que nos é empurrada goela abaixo e principalmente verificar a origem da informação e os resultados que serão obtidos à partir das idéias que elas encerram.
      Em situações onde todos tem razão, ninguém a tem de fato, neste caso, se agirmos sem equilíbrio, bom senso, serenidade e sem objetivar o melhor para todos, sem exceção, estaremos embarcando na paranóia e no caos, A Verdadeira Crise.