Novos Rumos?

Esperei o final da RIO + 20 para publicar este artigo. E o motivo é muito simples. Estava descrente das propostas e dos resultados do evento, e de fato, a descrença se confirmou. Nada de novo no universo da Gestão Ambiental ou No Painel de Mudanças Climáticas, IPCC. No entanto percebi, como todo mundo, que eles haviam mudado a abordagem. O problema agora não é mais o aquecimento global, mas sim, a chamada governança global, em outras palavras, a redistribuição e realinhamento dos poderes de veto e decisão sobre o que os países emergentes e em desenvolvimento podem ou não fazer sob a ótica de quem pode autorizar ou não, em tese, o desenvolvimento. Todo desenvolvimento sustentável paga um preço, começando pelo próprio termo que continua me soando uma incoerência, pois entendo a prática do desenvolvimento por si, incompatível com o conceito de sustentabilidade. Gostaria que alguém me explicasse desenvolvimento sustentável a partir das leis da termodinâmica, mas isso é conversa para outro dia... Hoje vamos tratar de duas questões que estão me consumindo há alguns anos, na verdade a mim e ao grupo que foi intitulado de céticos, que na verdade são somente pessoas que discordam da maioria. Ceticismo tem há ver com crenças religiosas e não com ciência. A história recente do planeta, sobeja em provas de que: 1- O planeta já foi em diversas ocasiões de 4 a 8 graus centígrados mais quente do que é hoje. 2- O registro paleclimático do planeta, bem como das geleiras, demonstram que nos últimos 2 milhões de anos, tivemos pelo menos 6 eventos de glaciação importantes comprovados, e os períodos de aquecimento bem mais amenos (interglaciais). 3- Os mesmos registros demonstram claramente que a curva do CO2 acompanha a do aquecimento do planeta e evidenciam que é o aquecimento do planeta que eleva a presença de CO2 e não o contrário. 4- A atmosfera, é formada por 78% de Nitrogênio, 21% de Óxigênio, 1% de Gases Nobres onde o Argônio é mais de 0,5%, e o CO2, na cabeça de alguns, com sua absurda participação de 0,0054 partes por milhão, continua sendo um vilão formidável, e determinando clima do planeta. 5- A megalomania humana de acreditar que somos a causa e consequência de tudo e do todo, e que o universo começa e termina em nós, nos coloca na condição de verdadeiros idiotas diante de um aquecimento global que cai diante de fatos, e quando digo isto, falo de dados do próprio IPCC que apontam que o planeta vem se tornando mais frio e os invernos mais rigorosos desde 1998. Estes elementos geram uma pergunta: Por que diante de todas estas evidencias de que cometemos um equivoco, sem falar em James Lovelock, fizemos um evento tão fantástico com vistas a abordagem de um fenômeno que não existe? A outra questão que é, em certo nível preocupante, é a terminologia recente e ainda obscura, da governança sustentável. Gostaria de deixar aqui minha visão, e meu modesto entendimento. A sociedade do nosso país e de outros na mesma condição, BRICS etc... devem se manter atentas, informadas, munidas e municiadas de dados sobre o que de fato haverá de ser proposto em futuro de médio e longo prazos. O termo, muito embora bem forjado e de aparência inofensiva, encerra um conjunto importante de interesses voltados para a retenção, impedimento, embarreiramento, políticas diversas e em último recurso retiradas sistêmicas de recursos, prejudicando o desenvolvimento destas nações, sob a égide de uma conservação ambiental e uma proteção de gerações futuras que não são de fato interesse dos emergentes e sim daqueles que desejam se perpetuar na ponta das cadeias produtivas e de comando. Devemos estar atentos às reais circunstancias que a chamada governança sustentável vai impor as futuras gerações e ao seu desenvolvimento. Leia meu próximo artigo, onde falaremos sobre Desenvolvimento sustentável sob a ótica das leis da termodinâmica e a geração e utilização de energias alternativas... As verdadeiras claro!!!

Comentários

  1. Para mim, que não sabia de pelomenos metade do que escreveu, foi esclarecedor!!

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