Dia do Aviador

Em 23 de outubro de 1906, nosso compatriota Alberto Santos Dumont, deu início a uma saga de conquistas e criou um marco indelével na história da humanidade. Ao contrário do que apregoam os Americanos, no afã de serem os conquistadores de tudo, os irmãos Wright jamais fizeram um vôo verdadeiro. O 14 bis foi o único equipamento até então, capaz de desenvolver velocidade, sustentação, voar e pousar por meios próprios.
Em homenagem ao seu grande feito, comemora-se neste dia o dia do Aviador.
A pergunta é: Será que temos o que comemorar?
Passados 104 anos desta conquista, devemos fazer uma reflexão sobre as atuais condições de vida e trabalho as quais estamos sujeitos, e perceber que, dos tempos de glória de Alberto Santos Dumont aos dias de hoje, a vida e o cotidiano daqueles que cruzam os céus do País e do Mundo no exercício de sua função maior na sociedade mudou e mudou muito.
Sem respeito por parte dos gestores e das empresas, sem a lembrança sequer daqueles que vivem das funções indiretas, aparas de nossa mesa, e cujas carreiras, posições e salários dependem da nossa existência, e que por dever de ofício deveriam nos saudar, sem o reconhecimento das autoridades “competentes?”, realizando festas, comemorações e coquetéis, custeados muitas vezes com dinheiro público para reverenciar seu sucesso no exercício da costumeira bandalheira institucionalizada, comemoram até inauguração do novo carpete da sala do superintendente, agora comemoram também, em caráter privado, o dia do Aviador, como se eles o fossem...
O Aviador, desrespeitado na sua autoridade, desprestigiado no seu próprio espaço, com sua imagem arranhada, sua função deturpada, sua dignidade vilipendiada, por pessoas que vivem de se locupletar do sistema sem pertencer de fato a ele, sem função, sem porque, sem causa, exceção feita a sua própria, e em última análise sem merecer a ele pertencer.
O objetivo é único, manter o teatro do absurdo, fingindo fazer alguma diferença como se sua importância para o sistema fosse fundamental... Como se sem eles, o sistema não funcionasse.
Aviador, chega de se contentar em ser só mais uma peça do conjunto de engrenagens, mais um operador da matemática vil que emperra este sistema.
Já é hora de tomarmos atitudes positivas que identifiquem à sociedade que somos peças fundamentais sem as quais, mais do que funcionar, o sistema simplesmente não existe. É passada a hora de fazer valer a autoridade daqueles que fazem todo o resto funcionar senão vejamos: Qual a utilidade e a função da Infraero, da ANAC e dos demais elementos que compõe este conjunto corrompido e inadequado sem a presença do aviador?
Não se amedronte, não se esconda, não tema, não se retraia, o país não anda, não produz e não vive sem você.
Parabéns!

Nelson A. Oro

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